30 de novembro de 2007

MALTA - Day Two

4 de Junho de 2007
Após um amanhecer madrugador, pequeno almoço monástico, e partimos para o Centro de mergulho, onde nos esperava o nosso guia suiço - Urs -.
Informou-nos que hoje era dia de fazermos o Blue Hole. Primeiro fomos abastecer-nos de mantimentos, para matar o intervalo de superfície. Umas sandochas de atum, acompanhadas de batatas fritas industriais que caíram que nem ginjas. Chegados ao local, DWERJRA, o Urs, teve o cuidado de proceder ao reconhecimento integral do percurso a fazer até atingirmos o ponto de mergulho, o que permitiu desdramatizar um pouco a questão do acesso. Não parecia tão difícil, quanto visto de cima e ao longe. A questão era ter que andar pelos meio das pedras com vinte kilos às costas. Também nos informou que existiam duas alternativas de mergulho, sendo que ele preferia uma delas, que passava por uma entrada lateral ao Blue Hole, e saída neste local de peregrinação turística. E, em boa hora o aconselhou, porque o mergulho que efectuamos foi sem sombra de qualquer dúvida FANTÁSTICO. O mergulho abrangeu um dois em um, pois que fomos do Coral Cave até ao Blue Hole. Logo que afundamos, vislumbramos umas enormes pedras, com fundo a 9/10 metros, mas que tem uma abertura ou porta a toda a altura numa ponta. É para aí que nos dirigimos, e antes de a atingir é possível vislumbrar aquele AZUL FANTÁSTICO que só aqui vi. Tal qual como se tivéssemos aberto a porta de casa para entrar a luz. Ao assomarmos à boca dessa entrada, é como se estivéssemos a entrar num novo mundo. No Mundo Blue. Estamos a vinte metros de profundidade, e avistamos o fundo a mais de 40 metros, e uma enorme garoupa lá no fundo. Virámos à esquerda, e a monumental parede desse lado está recoberta de coral. É um autêntico jardim de coral. Dirigimo-nos para a gruta, até depararmos com a larga abertura de entrada, em forma de semi-circulo, e fundo de areia. É a esplendorosa CORAL CAVE, que, como o próprio nome indica está cheia de coral amarelo, rosa e roxo.
Damos uma volta no interior da gruta, voltamos a sair, navegando com a parede do nosso lado direito. O percurso é muito interessante, sempre com a parede coberta de coral e o fundo, bem lá no fundo, a mais de 40 metros, mas com perfeita visibilidade. A visão para cima não é menos fantástica, com a luz exterior a penetrar intensamente, e a permitir visualizar as formações rochosas exteriores. No trajecto para o Blue Hole, somo acompanhados por um cardume de anthias e alguns peixe papagaio, passamos por várias saliências muito estreitas, que permitem uma sensação fantástica de exploração, dando acesso a uma pequena chaminé. Saídos daqui, vamos por outra saliência até atingirmos o Grande Arco de entrada no Blue Hole. A imagem é arrebatadora, bela, tremenda. O Blue Hole é uma formação rochosa esculpida no tempo pelo vento e pela força do mar. Olhando para o alto vemos a forma circular do Buraco. No fundo, vemos ainda à gruta que aí existe, onde entramos e avistamos uma moreia estática, e alguns pequenos seres que não conseguimos identificar. São horas de regressar a terra. Patamar de Segurança a admirar o topo inferior do arco do Blue Hole, e os seus pólipos amarelos e corais. Saída do blue Hole sem grandes complicações. Tinha sido um mergulho fantástico.
Depois de umas belas sandes de Atum, e as inevitáveis batatas fritas, a habitual sesta para um Dive Mate, e passeio pedestre para outros, acompanhados de potentes bazucas ópticas para tiros à beleza natural do local. Um dos atiradores apontava a tudo quanto mexia, e mesmo ao que não mexia e apenas desfrutava do sol.
Preparados para novo mergulho, desta vez, na Imponente e Distinta AZURRE WINDOW. Faremos o percurso Blue Hole - Chimney - Azurre Window. A profundidade máxima é de 55 metros, mas iremos manter-nos na quota dos 30 metros. Um spot que é uma imagem de marca do mergulho em Gozo, constituído por mais uma enorme formação rochosa de grande beleza, em forma de janela, que vista de terra permite contemplar o azul do Mediterrâneo. Localiza-se mesmo ao lado do Blue Hole, e a entrada e saída faz-se por esse afamado buraco azul. Depois da via sacra com o equipamento às costas, entrada pacífica na àgua, descida e visita à caverna do Blue Hole, onde ainda se mantinha a moreia que avistámos de manhã. Passagem do arco do Blue Hole e contornámos a enorme pedra que se desenha à nosssa frente, agora sempre pelo nosso lado direito. Passagem por algumas cavidades, entre as quais a famosa chaminé, e travessia da AZUURE WINDOW, onde a 25 metros de profundidade é perfeitamente vívida a silhueta do imponente e enorme arco da azurre window. É mais uma fabulosa e impressionante imagem da obra da natureza. Um cenário de sonho, de dimensão tridimensional, como se estivéssemos a olhar para o oceano através de uma enorme janela. A visibilidade é total, percebe-se perfeitamente os contornos do grande arco. Continuação do percurso, circulando sempre o enorme penhasco que se apresenta do nosso lado direito, até entramos em mais uma pequena cavidade, contorná-la e sairmos para iniciarmos o regresso ao ponto de partida, vivenciando de novo as emoções do Arco da Azurre Window e o Blue Hole. O peixe continua muito ausente. Quase que não há vida. O mergulho é meramente paisagístico, cénico, mas nem por isso deixou de ser um mergulho fantástico. Diferente, mas fantástico.

28 de novembro de 2007

Pensamento do Dia


"Nenhum indício melhor se pode ter a respeito de um homem do que a companhia que frequenta: o que tem companheiros decentes e honestos adquire, merecidamente, bom nome, porque é impossível que não tenha alguma semelhança com eles." - Adam Parfrey -.

24 de novembro de 2007

MERGULHO EM MALTA - Day One



À falta de mergulho, vou passar a publicar o diário de uma viagem a Malta - DiveMates Trip - que efectuamos em Junho de 2007. Assim os meus amigos de viagem já não se podem queixar que eu não compartilho as minhas extensas crónicas. Não se trata do texto integral da crónica efectuada, mas apenas parte dela, dedicada ao mergulho. Espero que gostem, e que se revejam nas descrições. Foram excelentes dias de confraternização. Um agradecimento aos fotógrafos de serviço: Casimiro Sampaio e Alcidio Ferreira.


Então foi Assim:


ILHA DE GOZO - MALTA


O Gozo do Mergulho Radical


Depois de uma noite muito mal dormida, ao som do Expresso do Oriente (AFC), em que tive o azar de não adormecer primeiro, a após um duche de àgua fria para despertar, tivemos a primeira decepção com o pequeno almoço maltês do Hotel St Patrick´s. Uma torradinha e pouco mais. Mas enfim, a perspectiva do mergulho em Gozo é grande, e a ânsia de mergulhar é muita. Nem imaginamos o que nos espera.
No Centro St. Andrews Divers Cover fomos apresentados ao nosso guia, um espadaúdo e austero Suiço de nome Urs Lips, que fala um português muito perceptível. Após as formalidades normais de desresponsabilização do Centro de mergulho por qualquer fatalidade que nos possa acontecer e assunção antecipada de qualquer asneirada que possamos cometer, partida para o primeiro mergulho do dia, a bordo de uma camioneta a fazer lembrar o transporte de trolhas de um subempreiteiro clandestino para as obras de construção civil. Mas enfim, tudo vale, porque os mergulhos serão concerteza fabulosos.
Ao fim de vinte minutos de viagem em direcção ao Sudoeste, chegamos ao local - DWERJA POINT -.
O nosso destino seria logo o ambicionado Blue Hole e o gigantesco arco granítico conhecido como Azurre Window. Uma espécie de visita a duas maravilhas da natureza num só mergulho.
A paisagem do local, de tão bela, é avassaladora. Imponentes formações rochosas que nos assombram, em contraste com o Mar Mediterrâneo, que de tão pacifico ao largo, nos transmite uma sensação de segurança. Mas como não há bela sem senão, temos logo um primeiro impacto assustador com a entrada e saída do mergulho. Tal qual uma bela mulher, também os mergulhos por aqui se têm de conquistar com calma, respeito e carinho.
O Blue Hole, tal como 99% dos mergulhos efectuados em Malta, trata-se de um Shore Dive, em que temos que percorrer cerca de 200 metros com o equipamento às costas, pelo meio de uma escarpa mais ou menos íngreme. Fico desconfiado, e até um pouco desmotivado. Para mais quando vejo alguns mergulhadores a lutar denodadamente contra a rebentação para saírem, e a andarem aos trambolhões na àgua. Por qualquer razão o Instrutor falou mais tarde em “Wash Machine”. Aquilo parecia de facto uma entrada para uma máquina de lavar em pleno funcionamento.
Mas, eis que chega um outro instrutor, e informa que não há condições para o mergulho, pelo que o Urs decide que vamos fazer o INLAND SEA, ali mesmo ao lado, e com uma entrada muito mais pacifica e calma. Pelo menos era o que parecia.
Montados os equipamentos, fizemo-nos à àgua, e apesar de algumas inesperadas dificuldades na entrada, lá afundamos. A saída é de uma pequena baía, nadando-se até à entrada de uma formação rochosa, onde afundamos e seguimos através de um túnel, sempre com a parede pelo nosso lado esquerdo, para evitar o tráfego da barcos que por aí circula.
A informação prestada dizia que este era um mergulho fantástico, através de um estreito tunnel ou canyon que se alongava por cerca de 150/200 metros desde a pequena enseada onde entrámos até ao mar aberto. O inconveniente deste mergulho seria o constante circular de pequenas embarcações de turistas e pescadores no interior do túnel, logo aliviado pelo facto de a parede ser tão profunda que quase não oferecia risco de colisão. Felizmente quando mergulhamos, o tráfego de embarcações era muito reduzido.
Quanto ao resto, apenas a confirmação de que se trata de um mergulho fantástico, onde sobressai sem sombra de dúvida a visão do espectacular azul oceânico à saída do túnel para o mar aberto. Como a boca do túnel é grande, a luz azul intensa avista-se ao longe, e quando chegamos ao “open sea” é uma sensação formidável constatar a visibilidade de mais de 40 metros com uma enorme parede do nosso lado esquerdo. Saímos de um estreito túnel e entramos em Mar Aberto no verdadeiro sentido da palavra, pois que apesar dos 27/28 metros de profundidade que o computador detecta, estamos numa posição equidistante ao fundo que se avista. Sentimos que estamos a voar no Oceano. A vista quando se está a chegar ao “open sea” é de facto deslumbrante, e vai em crescendo à medida que vamos deixando a escuridão do Túnel e nos aproximámos do “Blue” do Mar Mediterrâneo. É como sair do mundo das trevas e entrar no mundo da Luz- Transcendentalmente imagino que seja esse o caminho a percorrer pelos pecadores no dia do Juízo Final. Depois de sairmos do túnel, e sermos brindados com a luz Azul, seguimos a enorme pedra, sempre do nosso lado esquerdo. Trata-se de uma parede que desce até cerca dos 52 metros, e a paisagem subaquática é de um belíssimo azul intenso. Quando os primeiros mergulhadores atingem 120 Bar, regressa-se , com a pedra do nosso lado direito. A desilusão é o pouco peixe avistado. Apenas alguns peixe papagaio, cardumes de castanhetas pequeninas, carapaus pequenos, e uma ou outra garoupa média. Em contrapartida, a visibilidade aqui é sempre superior a 40 metros. Ao chegarmos à entrada do túnel , e como somos nós a fechar o grupo, o Casimiro aproveita para tirar uma fotos contra-luz. Ficamos os dois sozinhos. Entramos no túnel, e a visibilidade esvanece-se, mesmo com as lanternas é nula. Sente-se que está muita corrente por causa da ondulação, que bate forte. Ao chegarmos à boca do túnel a fola, ou corrente de superficie é tal que nem agarrado a uma pedra me consigo suster para fazer o patamar de segurança. Deixo de ver quem quer que seja, e venho à superficie com dois minutos de patamar por fazer, o que me deixa quase enfurecido, esquecendo rapidamente a satisfação anterior. A saída é penosa e cansativa. Desequipar em cima do cascalho não ajuda nada à festa. Acho as condições de mergulho inaceitáveis, e confesso que por momentos me assaltou o pensamento de chegar ao hotel, telefonar para o aeroporto e saber se era possível regressar de imediato a Portugal. Pode parecer exagero, mas a falha do patamar de segurança deixa-me “stressado”. Eu não vim para fazer um curso de acesso aos fuzileiros. Estou de férias, e a comparação com o Mar Vermelho começa a ameaçar ensombrar o gozo de “Gozo”.
Acalmado pelo grupo de "Mates", fomos almoçar um frugal hamburguer, e preparamo-nos para o mergulho da tarde.
Depois de mais umas peripécias sobre os locais, o Urs, concluiu que só podíamos mergulhar em REQQA POINT REEF. O acesso à àgua, para variar, metia medo. A saída parecia impossível. Eu, ainda stressado pela manhã e pelas vistas dos locais de mergulho que íamos passando, afirmei logo alto e bom som que não mergulharia ali, que podiam meter os 20 euros do mergulho naquele sitio que toda a gente sabe, mas eu não mergulhava. Tal como o meu amigo Carvalho queria que se f…. a Foca da Madeira, também eu queria que se f….. os mergulhos em Malta. O Zé Videira hesitava. O fuzileiro do grupo - Alcidio - ansiava de adrenalina. O Casimiro e o Raúl, calmos, serenos e experientes, analisavam as condições.
Foi então que vemos uns mergulhadores sair da àgua com alguma aparente facilidade, pelo que todos os outros elementos do grupo decidiram que faziam o mergulho. O Casimiro, sempre um gentleman com as meninas, ofereceu-se para me levar a garrafa, incitando-me a mergulhar. Qual macho latino, recusei veementemente a gentileza, mas decidi equipar-me para ver o que dava. E, apesar da dificuldade de acesso pela pedreira, até nem correu mal.
O mergulho é numa enorme parede vertical, que vai afundando desde os 15 até aos 70 metros, recortada por inúmeras fissuras e pequenas cavidades. A medida que avançamos, vamos percebendo que é muito fácil afundar sem nos darmos conta da profundidade atingida. O mergulho decorre à volta da parede, com formato circular, e apanhamos corrente um pouco forte. A visibilidade do Azul é superior a 40 metros. Um azul inconfundível, um azul como nós imaginamos que o mar seja Azul. Um azul Blue. Quanto a peixe é que nada, ou quase nada. Muito pouco, e pequeno. Uns peixes papagaio e umas garoupas ou sargos isolados, e as sempre presentes castanhetas, muito pequeninas.
O mergulho, apesar da corrente decorre sem sobressaltos, com todo o grupo a deslizar no AZUL.
A cereja no topo do bolo estava guardada para o final, embora não para todos, só para os que seguiram o guia, e não se distraíram nas fotografias. Uma das muitas cavidades ou saliências, com formato circular, muito pequena , mas que permite a entrada de um mergulhador de cada vez, e uma subida dos 16 aos 6 metros, a que chamam CHIMNEY (chaminé). No interior duas paredes, que são estreitas, cobertas de uns belíssimos pólipos amarelos e rosa. No topo da cavidade há uma janela muito estreita mas que permite a saída de um mergulhador. Espectacular o efeito das bolhas de ar no tecto da cavidade, e a visão do azul intenso vislumbrado pela abertura por onde saímos. Como um écran Flat HD de última geração. Percurso fantástico. Como diriam os franceses, um “Grand Finale”. O mergulho termina com o patamar de segurança efectuado sem qualquer problema. A saída do local de mergulho, apesar de não ser fácil, não é tão complicada como à partida parecia, e tudo termina em bem, e de sorrisos abertos estampados na cara de todos. Afinal o que parecia impossível, não só se tornou possível, mas relativamente acessível, valendo sem dúvida a pena. E, por falar na dita cuja, lamenta-se apenas a falta de peixe, mas a paisagem é suficientemente impressionante e impressiva para nos deixar indiferentes.
Regresso ao Hotel na nossa carripana de assalariados clandestinos, duche retemperador e partida para a primeira refeição a sério nesta ilha outrora percorrida por S. Paulo. Destino: Restaurante Zafiro, mesmo ao lado do Hotel. Mais uma aventura. Depois de efectuados os pedidos, tivemos que ir alimentando o estómago à custa de descomunal quantidade de pão, tal a demora na chegada dos “Main Dishes”. Mas também aqui valeu a pena a espera, pois que o resultado final foi muito agradável, com uma excelente apresentação, e equivalente confecção. Após alguma conversa sobre as peripécias do dia, é hora de regressar ao quarto. É hora do Sud Express voltar a atacar. Mas para combater a turbulência, nada melhor que um Valium 5 mg, gentilmente cedido pelo Casimiro. Infelizmente só aguentou 5 horas, o que me leva a crer que o ideal seria um de 10 mg.

22 de novembro de 2007

Pensamento do Dia


"Um barco está seguro num Porto, no entanto, os barcos não foram construídos para isso" - Grace Hopper

19 de novembro de 2007

MAR DO NORTE ...... de PORTUGAL















Após algumas semanas sem mergulhar, regressei este fim de semana ao Mar do Norte .... de Portugal. E, não sei se era das saudades que o Mar já tinha da nossa presença, mas o certo é que nos brindou com condições fora do comum: Mar Flat, típico das Caraíbas, e uma visibilidade anormal para estas paragens. Aqui fica o relato desse mergulho.

Foi com algum entusiasmo que encarei a possibilidade de mergulhar de novo no Mar do Norte. E isto apesar da hora madrugadora e do frio que se fazia sentir, 1º grau às 7,30 h - Mergulhador também sofre -. Todavia, a vontade de mergulhar foi superior ao frio, e lá fui. Chegado à Mergulhomania, e para animar foi-nos comunicado que a visibilidade estava excelente, com a àgua transparente. Assim sendo, e apesar de outras alternativas, marchamos em direcção ao ícone de Leça, o submarino do capitão Stever. Mar sempre calmo, embora se notasse que estava a ficar alterado. Depois de cairmos na àgua, que até nem estava muito fria, deu para ver que a visibilidade à superfície era excelente. Descida normal, e lá estamos perante aquela formidável máquina de guerra. A visibilidade não é a mesma no fundo, e constato que existe muita fola. Partimos à redescoberta do U1277, na busca dos nossos amigos residentes que já não via há um mês. Os congros, quais donzelas oferecidas, fazem logo a sua aparição, mas quem de facto chama a atenção é um descomunal polvo que se encontra no fundo, junto à ponte. Prosseguimos pelo lado exterior, e lá estão as navalheiras, os góbios, mais uns congros. Quando damos a volta junto aos lança-torpedos , somos brindados por um cardume de milhares de fanecas do mais variado tamanho. É o autêntico showzinho das fanecas, que nos acompanham ao longo do regresso até ao cabo. Nessa viagem, avista-se mais um polvo de dimensões fora do normal. O Mergulho está muito bom, mas falta-me ver o meu amigo "Almirante". Procuro-o nos diversos buracos do submarino, mas em vão. Pela primeira vez, não o consigo ver. Acho uma desfeita, que não se faz aos amigos. Se calhar tinha dormido mal a noite, ou então terei sido eu que não o procurei bem, e ele, malandrote, gosta de se esconder. Tudo bem, da próxima vou procurar melhor. As fanecas continuam ali a animar o fim de mergulho, deambulando ao sabor da fola. O NDT aproxima-se do fim, e é tempo de iniciar a subida. A partir dos 20/17 metros já se consegue vislumbrar os raios solares a penetrar e conseguimos avistar o casco do Barracuda.
Como Buddys deste mergulho tive o Ernesto Martins, o Luís Mota e o "Nuno StormHunter". Excelentes companheiros de mergulho.

  • Mistura: Nitrox 32%
  • Tempo Total de Mergulho: 38 minutos
  • Temperatura: 13º
  • Profundidade: 3o,5 m
  • Centro de Mergulho: Mergulhomania

Conclusão: Mergulho “Normal” no Submarino.

PS: Tenho que pedir ao Pai Natal um Fato Seco.

"Almirante" - Lavagante Enorme que monta guarda no interior do U1277.

17 de novembro de 2007

QUEM TEM MEDO DE TUBAGAY


Cartaz elucidativo do temor que estes belos bichinhos infundem ao Homem Comum.
O curioso da situação, é que no local onde estes cartazes se espalhavam - Praia da Piedade/ Praia da Boa Viagem - os locais apelidavam os bichos de TUBAGAY, com uma explicação que só mesmos os brasileiros como toda a sua boa disposição podiam dar: Os esqualos só atacavam homens. Daí o Apelido.
Apesar de todo o receio e respeito que os Tubarões nos incutem, está mais que provado que não são as máquinas assassinas que muitos querem fazer crer, e pelo contrário, serão das espécies mais ameaçadas pelo homem.
Ataques de tubarões acontecem por defesa ou por confusão com algo diferente(exemplo: ataque a surfistas por pensarem que são leões marinhos) e são registados com: tubarões branco, tigre e touro (este com mais ataques registados) os restantes é mesmo muito raro. Está provado que o Tubarão não gosta de carne humana.
Tudo isto não nos pode fazer esquecer que os Tubarões são predadores de topo da cadeia alimentar, muito importantes na manutenção do equilíbrio ecológico. Não padecem de doenças e ainda podemos aprender muito com eles.
A informação, como em tudo na vida, pode combater a ignorância, bem como o receio desmedido destes belos seres.
PS: Um grande beijo à minha Special One. Ela sabe porquê. Good Luck!

16 de novembro de 2007

Beijo Francês? Até os Peixes Gostam ....



Um momento mágico de amor/sedução, que tive a felicidade de captar.
Quase que me saltava o regulador da boca!!!

Siga o exemplo, e beije a pessoa amada
.



15 de novembro de 2007


Face à exigência de síntese do meu Amigo, reformulei o texto, embora a ideia de força permaneça.


"Mergulhar é voar, dançar, deslizar pelo azul dando asas ao meu pensamento, aventurando-me no desconhecido. É o deslumbramento pelo Mar e seu incomensurável Azul, é respeito e defesa da vida marinha e sua fauna. É a Pura e Sã AMIZADE. É uma paixão assolapada que se transformou num Amor para a vida. É, finalmente dar razão a Louis Amstrong: What a Wonderful World." © JeJeMate

Mergulhar é

Porquê um Blog?

Certamente para blogar, mas mais que isso para deixar por escrito alguns pensamentos que me ocorrem. E hoje, tive um impulso para criar um blog. O click, foi dado por um Amigo, que me colocou a seguinte questão: O que é para ti Mergulhar?

Esse amigo pretendia uma resposta curta. Mas eu divaguei um pouco sobre o tema, e acabei por escrever o que segue infra. Foi um bom assunto para dar inicio ao Blog.


Mergulhar foi a descoberta tardia de um maravilhoso Mundo Novo, que me permite expressar de uma forma que jamais conseguirei no elemento terra: voar, dançar, deslizar pelo azul dando asas ao meu pensamento, aventurando-me no desconhecido. Visitar naufrágios, e admirar a sua imponência, explorar cavernas e sentir a adrenalina da escuridão, navegar por uma parede e constatar a minha pequenez face ao abismo profundo. O Mergulho é algo que me diferencia do comum dos mortais. Depois, lá estão os nossos amigos anfíbios, que, quase sempre, aparecem para me fazer rejubilar e dar graças ao Criador pela possibilidade que me dá de contemplar tais maravilhas.
Quando mergulho, sou literalmente invadido de boas sensações e sentimentos, e consigo ouvir e sentir o vozeirão de Amstrong sussurrar-me ao ouvido: What a Wonderful Word. E sinto a melodia e as palavras como nunca a senti quando realmente a ouço no CD. Pena que o ar acaba, e tenho que regressar superfície.
O Mergulho é uma paixão assolapada, que estou certo se transformará num Amor Eterno.