Depois de uma fabulosa experiência em Santa Maria, no ano passado, decidi regressar este ano.
Está na calha um Report com todas as impressões e sensações da viagem, mas um acontecimento totalmente inesperado fez-me vir aqui, antes de tempo, para partilhar uma das maiores emoções que vivi nos mais de 400 mergulhos que levo de garrafa às costas.
Há alturas em que vamos a um sítio para mergulhar com a esperança de avistar determinados animais, e contamos com eles ao virar de cada esquina, estamos à esperar que apareçam a qualquer momento, por ser habitual avistá-los, por ser a epóca propicia a tais encontros, e depois há aqueles sítios onde mergulhamos sem esperar grande coisa que não seja um mergulho calmo e relaxante com os habituais peixinhos e peixões, e acontecem surpresas do tamanho de um Tubarão Baleia.
Sim, esta surpresa, foi maior que o próprio Tubarão Baleia. aconteceu na Pedrinha, em Santa Maria. A Pedrinha, spot muito interessante, mas onde segundo os relatos dos Marienses nunca se tinha visto nada do género.
Acreditem que andei dois dias a beliscar-me para perceber que estava acordado, e que tudo isto aconteceu à minha frente. De tão súbito e inesperado, foi tão emocionante, que aqui confesso sem pruridos machistas que chorei debaixo de agua.
Sim, Chorei ...de Emoção.
Foram mais de trinta minutos de pura MAGIA, na companhia de um visitante que honrou seis anónimos cidadãos da mui nobre e sempre invicta cidade do Porto (sim eu sou do "Poerto), e um Tremoceiro de Paredes a quem pregou um suto de morte - O inefável Carvalho -, com a sua imponente presença.
Tudo nas calmas, sem stress, como se ali estivesse para que o admirássemos. Sensações sem palavras para descrever a beleza e a intensidade do momento ...
Há momentos em que nos sentimos especiais, privilegiados, quiçã tocados pela mão de Deus ... Este terá sido um desses momentos, do mais puro e arbitrário sortilégio. Só nos resta agradecer a dádiva.
1 de Setembro de 2012 foi um desses dias.
E, lembrei-me que sou de facto um privilegiado por ter a sorte de poder contemplar estas belezas, e por ter uma família que compreende e atura esta minha paixão sem cobranças. Só tenho que agradecer a DEUS. OBRIGADO
Depois disto, expliquem-me, como é possível não continuar fortemente apaixonado pelo Mundo Azul ... Impossível.